Qual é a relação da logística do petróleo com a cadeia de suprimentos?6 min restantes

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A cadeia de suprimentos é formada por um ciclo complexo de operações. Muitas vezes, esse termo é imediatamente associado aos processos de fabricação e entrega de bens. No entanto, a verdade é que essas etapas são aplicadas em praticamente todos os nichos, e um exemplo é a logística do petróleo.

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A indústria do petróleo lida com atividades como produção, refino, distribuição e venda do óleo, o que tem muita sinergia com o fluxo de tarefas característico da logística convencional. Por isso, é essencial saber mais sobre como aplicar boas práticas da cadeia nesse segmento para fazer um planejamento e gerenciamento mais eficaz dos processos.

Pensando nesse desafio, no post de hoje, você vai conhecer melhor os conceitos de logística de petróleo e cadeia de suprimentos e entender qual é a relação entre eles e como aplicar as técnicas certas para alavancar resultados do setor. Continue a leitura e fique bem informado!

Afinal, o que é cadeia de suprimentos?

A cadeia de suprimentos é associada a um conjunto de atividades que cuida da logística interna e externa de uma empresa, envolvendo, essencialmente, tarefas como:

  • gestão de compra de insumos e matéria-prima;
  • armazenamento;
  • estoque e inventário;
  • produção;
  • embalagem;
  • movimentação interna e externa;
  • transporte;
  • distribuição;
  • gestão de fornecedores e parceiros.

Assim, a cadeia de suprimentos é entendida, convencionalmente, como o ciclo que vai desde a aquisição e armazenamento de materiais até a entrega de produtos prontos para consumidores finais.

Para que esses processos aconteçam de forma fluida, eficaz, com custos reduzidos e baixo índice de erros, é preciso contar com o suporte necessário, ou seja, planejamento estratégico, profissionais e tecnologias que propiciam o alto desempenho.

Como funciona a indústria do petróleo?

O petróleo é um composto químico que pode ser encontrado tanto no mar como por meio da exploração de jazidas na terra. É a partir dessa origem que surgem termos como o offshore (petróleo extraído do mar) e onshore (retirado da terra). Nesse contexto, quando o assunto é logística do petróleo, dois conceitos são importantes: upstream e downstream. O primeiro diz respeito às atividades de:

  • exploração;
  • desenvolvimento;
  • produção.

Na fase de exploração, os profissionais avaliam e processam dados exploratórios, que foram levantados depois de muitos estudos geofísicos e geológicos nas áreas nas quais existem potenciais jazidas da substância.

Em seguida, no desenvolvimento, equipamentos e demais tecnologias qualificadas são instaladas para preparar e perfurar os poços, bem como extrair, tratar e estocar todo o escoamento de óleo e gás.

A produção começa justamente com a extração do óleo. Dos poços, são retirados diferentes tipos de fluídos (gás, óleo e água), que precisam ser separados, apurados e armazenados adequadamente para poderem ser transportados (em dutos, navios, trens ou até mesmo caminhões) e seguirem para as refinarias.

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No offshore, as plataformas — que podem ser fixas ou flutuantes — são equipadas com toda a infraestrutura necessária para a exploração e processamento de óleo, que é estocado lá mesmo e posteriormente transferido via navios. Na terra, o petróleo é geralmente levado por dutos para as refinarias.

Enquanto isso, o downstream se refere às etapas que cuidam, em linhas gerais, do seu refino e comercialização. No estágio de refino, o óleo passa por uma série de procedimentos para ser tratado, destilado e ficar livre de impurezas e substâncias indesejadas, atendendo, no fim, às normas e ao padrão de qualidade exigidos pelo mercado.

O produto final permanece armazenado em terminais que, em seguida, são transportados para abastecer postos de combustíveis, indústrias e empresas.

O que é logística do petróleo?

Práticas e conhecimentos comuns da cadeia de suprimentos podem ser aplicados em qualquer uma das fases da logística do petróleo, desde a exploração até sua distribuição e revenda, uma vez que o ciclo de processos é complexo e envolve muitos desafios característicos do gerenciamento de supply chain.

Assim como acontece na logística em outros segmentos, cada fase deve ser observada com critério e atenção de acordo com suas demandas e particularidades, mas sem perder uma visão global do fluxo, uma vez que cada etapa afeta diretamente a outra, os resultados e a eficácia como um todo.

Ao mesmo tempo, assim como na logística tradicional, a gestão do estoque é uma parte extremamente estratégica e importante, sobretudo no upstream. Isso acontece porque o óleo cru tem uma procura volúvel, difícil de ser calculada, diferentemente de outros tipos de materiais estocados e empresas que trabalham com a previsão de demanda.

Da mesma forma, se a capacidade de armazenamento não for suficiente, os gestores precisam se programar previamente para isso ou acionar parceiros com instalações externas, o que aumenta muito os custos — daí a importância do planejamento logístico e de organizar muito bem toda a infraestrutura e instalações para que o trabalho seja eficiente.

Os equipamentos e procedimentos necessários para a operação de extração e refino são complexos. Por isso, a gestão operacional e de materiais precisa ser bem alinhada, para que nenhuma máquina sofra falhas que atrapalhem todo o fluxo.

O processo de refinamento, aliás, é um dos mais desafiadores, visto que o óleo cru extraído pode ser convertido em diversos outros produtos. Esse detalhe interfere no planejamento da produção, que precisa se preparar para o volume de cada derivado gerado. Isso envolve pensar na capacidade de cada terminal ou refinaria, no tamanho dos lotes, procedimentos intermediários, entre outros.

A gestão do transporte na logística do petróleo apresenta grande complexidade. Em primeiro lugar, é fundamental selecionar o modal adequado, uma vez que a movimentação desse tipo de material apresenta grande complexidade, pois é necessário evitar ao máximo a mistura de fluidos e qualquer tipo de contaminação.

Nesse sentido, o grande desafio é realizar um transporte difícil, com todos os riscos que ele possui, e, paralelamente, ganhar capilaridade para atender toda uma diversidade de clientes — indústrias, empresas e milhares de postos de gasolina dispersos pelo país.

Para tal, além do transporte, fabricantes investem em estações de armazenamento para otimizar a distribuição, transferindo os produtos para terminais primários, secundários e até mesmo terciários para ficar próximos a mercados consumidores.

Como você viu neste post, a logística do petróleo se aproxima integralmente dos processos inerentes à cadeia de suprimentos. Sendo assim, a relação entre esses conceitos é estreita, por isso, gestores se beneficiam muito ao aplicar estratégias e técnicas de gestão para contornar obstáculos, investindo em uma operação inteligente e de alta performance.

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