Após apresentar o estudo de avaliação da pista do aeroporto de Porto Alegre ao governo federal, a Fraport Brasil avança no projeto de reabilitação da área, o qual foi dividido em três fases, devido à complexidade e amplitude das ações necessárias. Os trabalhos visam atender aos prazos estipulados e promover a retomada das operações de pouso e decolagem, atendendo a todas as normas de segurança da aviação.
A pista do aeroporto de Porto Alegre ficou submersa por 23 dias, fato inédito na aviação mundial e que demanda a análise rigorosa dos danos causados pelas águas. De acordo com Edgar Nogueira, COO da Fraport Brasil, voltar a operar com pousos e decolagens é a prioridade. “Os trabalhos têm sido intensos. Traçamos com muita cautela e zelo este projeto, que vai avançando a cada semana. Em breve retomaremos a operação, conectando o Rio Grande ao restante do país e do mundo”, afirma.
Fases necessárias para retomada total
A fase 1, de limpeza e avaliação de danos, já foi concluída. Especialistas realizaram o diagnóstico a partir dos testes laboratoriais e ensaios não destrutivos. O trabalho serviu para avaliar a integridade da pista de pouso e decolagem. A análise apontou a necessidade de reconstrução parcial de mais de 2 mil metros da pista de pouso e decolagem (PPD). Esse processo foi a base para a estruturação das demais fases do projeto.
Na fase 2, prevista para encerrar em outubro, será feita a recuperação das áreas necessárias para a retomada da operação de pouso e decolagem afetadas. São elas: 1,3 mil metros de extensão (equivalente a 60 mil metros quadrados), da pista de pouso e decolagem; 20 mil metros quadrados do Pátio 1, local onde as aeronaves ficam estacionadas (posições 06 a 11) , e Taxiways D (16,3 mil metros quadrados), F (4.2 mil metros quadrados), M4 (2,2 mil metros quadrados).
Esta etapa iniciou em 13 de julho com o trabalho de fresagem da PPD e segue em andamento em outras áreas como taxiways e pátio. A priorização para essas áreas viabilizará a retomada das operações parciais com aeronaves em outubro, período também em que a fase 3 terá início, nas áreas em que não houverem a movimentação de aeronaves. Assim, não haverá interferência na operação de pousos e decolagens do aeroporto.
Nesta etapa, está prevista a recuperação das seguintes áreas: 1,2 mil metros quadrados de extensão (equivalente a 53 mil metros quadrados) da PPD. Taxilane Pátio 1 (Posições 01 a 05, equivalente a 35,5 mil metros quadrados), Taxiways: D (11 mil metros quadrados), A (7 mil metros quadrados), C (12,6 mil metros quadrados), E (9 mil metros quadrados), M3 (2,9 mil metros quadrados), K (1,2 mil metros quadrados).
Também será feita a fresagem do pavimento, preparando-o para receber recapeamento ou reconstrução em pavimento flexível, dependendo do local. Isso ocorrerá para que, em dezembro, seja concluída a recuperação completa dos 3,2 mil metros de pista, além das taxiways e pátios, fundamentais para que o aeroporto possa voltar a operar em sua totalidade.
Fonte: Mercado & Evento