Uma das grandes estratégias das empresas multinacionais é promover o intercâmbio de seus colaboradores entre as diferentes unidades pelo mundo. A esse processo de deslocamento do funcionário para diferentes países damos o nome expatriação, e o viajante, no caso, é o expatriado.
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Esse processo beneficia empresas e colaboradores e apresenta particularidades que precisam ser conhecidas pelas duas partes. Por isso, neste post separamos as principais dúvidas referentes à expatriação. Acompanhe!
O que é um expatriado?
Expatriado é o termo usado para descrever o indivíduo que reside em um país diferente do seu país de origem por um período significativo, devido a motivos profissionais, como: transferência de trabalho ou busca de oportunidades de carreira em uma nação estrangeira.
Se o colaborador de uma empresa do setor offshore de Óleo & Gás no Brasil, por exemplo, é promovido a um cargo de liderança para atuar nos EUA, ele passará pelo processo de expatriação.
Um detalhe fundamental para os expatriados é a solicitação do visto de trabalho, afinal cada país tem suas regras, por isso é essencial ter essa informação. Nos EUA, por exemplo, tem duração máxima de 3 anos, que pode ser renovado por mais 3 anos. Mas dependendo do cargo da pessoa, é possível até receber um visto permanente.
Qual a diferença entre expatriado e imigrante?
A diferença entre expatriado e imigrante reside principalmente no contexto e na perspectiva do deslocamento geográfico. Um expatriado é alguém que reside em um país estrangeiro temporariamente, muitas vezes devido a uma transferência de trabalho ou por motivos profissionais.
Geralmente, os expatriados mantêm uma ligação com seu país de origem e têm a intenção de retornar após um período determinado.
Por outro lado, um imigrante é alguém que se muda permanentemente para um país diferente em busca de estabilidade econômica, melhores condições de vida ou oportunidades que talvez não estejam disponíveis em seu país de origem.
Enquanto os expatriados veem sua mudança como uma experiência temporária, os imigrantes buscam estabelecer uma nova vida e construir raízes no país de destino.
Leia também o post sobre: direitos de quem viaja a trabalho
O que é expatriação de executivos?
A expatriação de executivos refere-se ao processo de transferência temporária de profissionais qualificados para trabalhar em uma filial, sucursal ou projeto no exterior.
Essa prática é comumente adotada por empresas multinacionais que buscam otimizar suas operações globais, aproveitando o conhecimento e as habilidades específicas de seus quadros executivos.
Os executivos expatriados são enviados para enfrentar desafios específicos, como estabelecer uma nova operação, coordenar estratégias globais ou promover a transferência de conhecimento entre diferentes regiões.
Essa experiência proporciona aos executivos uma oportunidade única de adquirir uma compreensão mais profunda dos mercados internacionais, fortalecendo suas habilidades de liderança e adaptabilidade cultural.
Como funciona o processo de expatriação?
O processo de expatriação é complexo e envolve várias etapas para assegurar uma transição suave do profissional para um novo ambiente internacional.
Identificação da necessidade de expatriação
O primeiro passo é a identificação por parte da empresa de enviar um colaborador para o exterior, considerando fatores como a expansão de operações, desenvolvimento de novos mercados ou gestão de projetos específicos.
Seleção dos candidatos
No segundo passo, a empresa seleciona o candidato adequado, levando em conta suas habilidades, experiência e capacidade de adaptação cultural.
Durante essa fase, são estabelecidos os termos contratuais, benefícios e suportes logísticos para garantir o bem-estar do expatriado e de sua família.
Preparação do colaborador
A fase preparatória inclui orientação intercultural, treinamento linguístico e informações sobre o destino, proporcionando ao expatriado as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios da mudança.
Durante a expatriação, a empresa mantém comunicação constante, fornecendo apoio emocional e profissional para lidar com questões práticas e culturais.
Retorno do expatriado
Ao final do período determinado, a empresa geralmente facilita o retorno do expatriado e sua reintegração ao ambiente de trabalho original, reconhecendo o valor da experiência internacional adquirida.
O que é o contrato de expatriação?
O contrato de expatriação é um documento fundamental no processo de transferência temporária de um profissional para trabalhar em um país estrangeiro. Ele estabelece os termos e condições da expatriação, incluindo detalhes sobre remuneração, benefícios, duração da estadia no exterior, responsabilidades do empregado e da empresa, assim como as cláusulas relacionadas à repatriação.
Em termos de compensação, o contrato de expatriação geralmente contempla aspectos como salário base, benefícios adicionais, ajuda de custo para despesas relacionadas à mudança e, em alguns casos, incentivos fiscais.
Além disso, detalhes sobre a assistência oferecida para questões logísticas, como acomodação, transporte e seguro saúde, são incluídos para garantir o conforto e bem-estar do expatriado e sua família durante a estadia no exterior.
Benefícios oferecidos ao empregado expatriado
Os benefícios oferecidos a um empregado expatriado variam de acordo com a política da empresa.
Além do salário, que geralmente é mais alto do que o praticado no país de origem, o expatriado pode receber auxílio-moradia, ajuda de custo para transporte, plano de saúde internacional, seguro de vida, entre outros.
Algumas empresas oferecem, também, um suporte para a adaptação do funcionário e de sua família ao novo país, como aulas de idioma, orientação cultural e assistência para a busca de moradia.
Documentos necessários para a expatriação
Os documentos necessários para fazer a expatriação variam de acordo com o país de destino e a política da empresa. No entanto, existem alguns documentos básicos que todo expatriado precisa obter antes de viajar.
O principal deles é o passaporte, que deve estar válido e com espaço suficiente para os carimbos de entrada e saída do país de destino. Além disso, é preciso obter o visto adequado para o país em que se pretende trabalhar e residir.
O termo de anuência, é outro documento fundamental, ele atesta a concordância do empregado com a mudança e é exigido por lei em alguns casos.
Outros documentos que podem ser necessários incluem certificados de vacinação, carteira de motorista internacional, comprovantes de escolaridade e diplomas, entre outros.
Encargos trabalhistas envolvidos na expatriação
Para os empregados brasileiros expatriados, é devido o adicional de transferência no percentual de 25% (vinte e cinco por cento) ou outro percentual ajustado em contrato entre as partes; 13º salário; férias + 1/3 constitucional; FGTS; seguro de vida e acidentes pessoais, além de outros direitos previstos na legislação celetista 12.
É importante destacar que o contrato de trabalho celebrado no Brasil obriga a empresa a seguir as leis brasileiras e a CLT, garantindo que os expatriados sejam tratados de forma justa durante sua permanência no exterior.
O empregador pode transferir o empregado independentemente de sua concordância?
Sim, o empregador tem o direito de transferir o empregado independentemente de sua concordância, se isso estiver previamente estabelecido em contratos de trabalho, acordos ou políticas da empresa.
Também pode ocorrer a expatriação do funcionário caso haja a alteração do contrato de trabalho por mútuo consentimento e desde que não gerem prejuízos ao empregado, direta ou indiretamente, sob pena de nulidade.
A CLT estabelece regras para a transferência de trabalhadores, porém quando se trata de uma mudança de país, também é preciso considerar as regras previstas na lei n.º 7.064/1982.
Lei 7064
A Lei nº 7.064 de 6 de dezembro de 1982 em seu artigo 6º, dispõe sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior, estabelecendo diretrizes para a duração da transferência, o retorno do empregado, o custeio do retorno pela empresa e o período de duração da transferência que será computado no tempo de serviço do empregado.
Além disso, a lei também aborda a obrigatoriedade de seguro de vida e acidentes pessoais a favor do trabalhador, cobrindo o período a partir do embarque para o exterior, até o retorno ao Brasil.
Principais desafios do expatriados
A mobilidade dos colaboradores entre diferentes filiais enriquece e diversifica as equipes das empresas. Contudo, ela traz alguns desafios. Um estudo realizado pela Harvard Business Review mostrou que esses profissionais têm um custo de 2 a 3 vezes maior em relação a gestores locais. Confira alguns dados:
- 15% dos expatriados voltam para o país de origem antes do período de término por dificuldades de adaptação à nova cultura;
- 35% têm uma performance inferior ao que era esperado;
- 25% saem da empresa um ano após a data estimada para o fim da expatriação;
- apenas 25% alcançam o sucesso esperado.
Abaixo listamos os principais desafios que os expatriados podem ter:
Período de expatriação curto
Uma expatriação curta pode acarretar dificuldades na geração de bons resultados, justamente por causa dos desafios de adaptação. Constituir uma nova vida, estabelecer-se e aprender um novo idioma são ações que exigem tempo.
Lembrando que, além do expatriado, normalmente a família dele também virá e essa adaptação será mais complexa ainda, podendo envolver escolas para os filhos, contratação de funcionários para a residência da família, escolha do local seguro e adequado para essa família morar, entre outros pontos.
Por isso, é essencial que o expatriado conte com ajuda profissional nesse processo para evitar, entre outros problemas, o choque cultural.
Volta para o local de origem
O período de afastamento pode causar algumas dificuldades para o colaborador em seu cargo e local de origem. Afinal, ele se distancia de sua rede de contatos e, em alguns casos, pode ter o cargo ocupado, o que causa alguns atritos. Novamente, ter o apoio de profissionais que o auxiliem na recolocação é essencial.
Processos burocráticos
O grande desafio para os gestores expatriados na administração de empresas brasileiras é a burocracia.
A legislação brasileira não está tão conectada ao mercado global, o que dificulta bastante a capacidade de competitividade das companhias que desejam fazer frente às novas exigências do cenário internacional.
Modelos disruptivos de negócio exigem rapidez, o que requer desburocratização em todos os processos.
Adaptação à nova cultura
De acordo com um levantamento da Global Mobility Effectiveness, 47% dos expatriados relatam dificuldades pessoais e familiares para se adaptar ao novo cenário.
Embora o processo de expatriação seja um importante marco na carreira do executivo, há grandes impactos sobre a vida pessoal.
Afinal, os filhos precisam se adaptar à nova escola e língua, o grupo de apoio formado por amigos e familiares é distanciado do convívio, e o cônjuge também pode precisar regularizar a própria situação profissional.
Isso envolve lidar com documentos como visto de trabalho, registros profissionais, diplomas, entre outros.
A adaptação a um novo país soma-se a todos os desafios profissionais e o choque cultural causa grande impacto na produtividade e criatividade de executivos experientes. É humano, e é justamente com o apoio de pessoas especializadas que esse desafio pode ser superado.
A importância de um acompanhamento especializado
Esses desafios podem ser amenizados e mais bem enfrentados com o auxílio de um profissional de realocação. Ele tem como objetivo tornar a transição mais tranquila, providenciando soluções que vão do treinamento cultural à facilitação nos processos de emissão de documentos. É ele que apresenta opções de escolas, casas, templos, clubes, entre outros.
Um processo de expatriação bem conduzido começa no país de origem do funcionário. É nesse local que o profissional de realocação precisa conduzir entrevistas com o expatriado e sua família para entender as necessidades e expectativas de todos.
A partir das informações coletadas, ele providenciará soluções adequadas. Esse planejamento educacional dentro das companhias, aliado a um treinamento intercultural, ajuda a estabelecer pontes entre as diferentes filiais.
É fundamental que os gestores expatriados se alinhem e conheçam as origens, os valores e os comportamentos da cultura que encontrarão.
Assim eles saberão, previamente, quais são os potenciais riscos e desafios a serem explorados, desenvolvendo estratégias e preparando-se apropriadamente.
Como a Copastur pode ajudar no processo de expatriação?
Toda mudança tem seus desafios, para outro país então, há ainda mais detalhes para se considerar. Como a empresa estará transferindo o colaborador para outro país, ela precisa lidar com diversos detalhes relacionados à viagem corporativa. Nesse sentido, a Copastur atua como uma grande facilitadora, pois oferece as melhores soluções para:
- compra de passagens;
- planejamento da viagem;
- orientação cultural antes da expatriação;
- documentação necessária para o colaborador ser transferido;
- emissão de vistos imigratórios;
- processos burocráticos e adaptação à legislação (exigências legais);estadia temporária no outro país;
- logística e acompanhamento de expatriados (police check).
É fundamental preparar o colaborador para a mudança de cultura, hábitos e costumes. Ele precisará aprender novas formas de viver, de se expressar em um novo país. Muitas vezes, o choque cultural é bem grande e por isso, se preparar, é fundamental
Agora que já sabe o que é um expatriado, conheça mais detalhes sobre soluções em viagens corporativas da Copastur!