Você provavelmente já usou o Uber para ir ao trabalho, assistiu a filmes na Netflix ou mesmo se hospedou em alguma cidade diferente por meio do Airbnb. Sabia que cada uma dessas empresas baseia seu funcionamento na economia colaborativa? Mas negócios tradicionais também podem adotar o conceito, viu?
Com a economia colaborativa, as empresas são capazes de aumentar a produtividade e diminuir custos, especialmente em processos de rotina. Não parece uma ótima pedida? Pois acompanhe agora mesmo como essa novidade impacta uma das iniciativas mais dispendiosas de um negócio: as viagens corporativas.
Entenda a economia colaborativa
Na economia tradicional, clientes compram serviços ou produtos diretamente de empresas. Há, portanto, uma nítida divisão entre quem vende e quem consome. Por sua vez, a economia colaborativa funciona baseada na troca de serviços e produtos entre os próprios consumidores, processo que pode ser mediado por uma grande empresa.
Tudo bem que os conceitos de troca e aluguel já existem há milhares de anos, mas foi com o avanço da tecnologia que a economia colaborativa não só se popularizou como se tornou rentável.
Estamos falando especialmente da disseminação dos dispositivos móveis com acesso à internet, ok?
Esse boom se deve principalmente ao fato de que os produtos e serviços ofertados nessa modalidade tendem a ser mais baratos que aqueles oferecidos por empresas tradicionais.
Isso sem contar que ainda existem ganhos indiretos relevantes, como uma maior preocupação com a preservação ambiental, a troca de experiências entre usuários e uma maior responsabilidade social por parte das empresas.
Economize no transporte
É fato: a economia colaborativa veio para ficar. Consciente disso, sua empresa precisa adotar estratégias para se beneficiar dessa tendência. Aí entra o setor de viagens corporativas, um dos que tem grande potencial para ser positivamente modificado por essa nova maneira de consumo.
O exemplo mais claro desse impacto vem do maior representante da economia colaborativa atualmente: o Uber. O aplicativo surgiu como um incentivador de caronas solidárias, logo se tornando a principal ponte entre motoristas autônomos e passageiros.
O Uber oferece uma possibilidade de transporte urbano notadamente mais barata que táxis e mais cômoda que o transporte público. Que tal diminuir os custos com traslados dos funcionários em viagens com a simples adoção do serviço?
Mas atenção: o potencial da economia colaborativa no transporte corporativo não se restringe ao Uber! Já existem diversos concorrentes do modelo, como Cabify ou 99.
Aliás, algumas empresas oferecem serviços especiais voltados para o mercado corporativo, com preços ainda mais competitivos e ferramentas de controle de viagens que dão acesso ao histórico de trajetos ou permitem o pagamento diretamente com a empresa em vez do tradicional reembolso.
Corte despesas com hospedagem
Outro ícone da economia colaborativa é o Airbnb, negócio com foco em permitir que qualquer pessoa alugue sua casa, seu sítio ou mesmo um cômodo do próprio imóvel por períodos previamente combinados e preços mais em conta. Nesse caso, o interessado acerta sua hospedagem diretamente com o proprietário e o Airbnb fica com uma pequena parte do valor total da transação.
Não é difícil enxergar as possibilidades de economia aqui, certo? Quem já precisou fazer reservas em hotéis sabe como as diárias podem representar um custo alto a ser quitado pela empresa. Embora tenha surgido focado no público final, o Airbnb também pode ser uma opção para um perfil mais corporativo.
Como a empresa sabe que tem um grande mercado a ser explorado, já providenciou uma certificação corporativa para sinalizar hospedagens que podem atender às demandas de uma viagem de negócios — como a presença de internet wi-fi estável, espaço para trabalho ou sala de conferência e políticas mais rígidas para prevenir cancelamentos.
No caso específico da hospedagem corporativa, o caminho a percorrer ainda é longo para o Airbnb. Afinal, a hospedagem precisa cumprir uma série de requisitos, que vão desde serviço de quarto e limpeza adequada, passando por uma boa infraestrutura de comunicação até chegar a soluções confiáveis de segurança para os funcionários em trânsito. Imagine se o profissional tem que dormir ao som da balada do apartamento do lado antes de uma reunião decisiva para a empresa!
Como dissemos, o Airbnb ainda está desenvolvendo soluções focadas no mercado empresarial. Por enquanto, como ainda não existe padrão ou um controle mais focado por parte da plataforma, a entrada no mercado é limitada. É, portanto, uma fase de transição e adaptação, mas que tem uma boa perspectiva de consolidação no médio prazo.
Reveja sua política de viagens
Apostar em fornecedores oriundos da economia colaborativa parece ser uma grande tentação, especialmente quando consideramos a possibilidade de economia de recursos. No entanto, levando em conta que esse mercado ainda é relativamente novo, é preciso tomar alguns cuidados.
Os serviços tradicionais de táxi, por exemplo, têm completa segurança jurídica e, em tese, são fiscalizados por órgãos estatais. Isso se traduz em mais segurança tanto para a empresa quanto para os funcionários. Por sua vez, os aplicativos de carona solidária ainda sofrem com vários entraves burocráticos, podendo, portanto, apresentar certo nível de déficit de confiança.
E o mesmo vale para o quesito hospedagem. Nesse caso, os hotéis tradicionais estão acostumados a lidar com o público corporativo. Por isso, podem oferecer serviços e estruturas voltadas especificamente para o mundo dos negócios, além de oferecer seguros ou parcerias de longo prazo.
Para contornar esses probleminhas, a empresa deve apostar na adaptação da sua política de viagens para um mundo em que a economia colaborativa é uma alternativa real.
É preciso, basicamente, definir quando os serviços compartilhados podem ser acionados, quem pode decidir se vale a pena contar com soluções tradicionais ou da economia colaborativa, além de estabelecer métodos de pagamento e ressarcimento dos viajantes.
É importante que o negócio tenha um sistema de gestão de viagens corporativas adaptado para controlar melhor o uso desses serviços compartilhados. Afinal, os gastos podem flutuar muito, na medida em que cada entrega pode ser negociada individualmente.
A política de viagens também deve especificar quais são as condições de conforto, comodidade e segurança mínimas exigidas para acionar determinado fornecedor. Como explicamos, os serviços compartilhados ainda não têm uma fiscalização externa tão efetiva. Por isso, encontrar acomodações ou motoristas realmente confiáveis pode ser um desafio à parte.
Procure estabelecer parcerias
É importante lembrar que a economia colaborativa não se limita ao transporte ou à hospedagem. Ela também está presente no compartilhamento de recursos e até mesmo de espaços físicos.
Empregados em trânsito, por exemplo, podem usar espaços compartilhados de trabalho (os famosos coworking) como escritórios.
Essa pode ser, inclusive, uma oportunidade para sua empresa estabelecer parcerias com negócios de outros estados ou oferecer seu próprio espaço físico para receber profissionais de fora. Com isso, é possível estabelecer pontes, além de trocar conhecimento técnico e experiência com custos reduzidos.
Agora que você já sabe como a economia colaborativa pode ser uma aliada das viagens corporativas, compartilhe este post em suas redes sociais e faça com que seus amigos e colegas de trabalho também conheçam essa possibilidade!