A isenção de entrevista para visto americano expira em 31 de dezembro no Brasil e talvez será prorrogada. Os tempos de espera para o primeiro visto no Brasil, Colômbia, México, Índia e outros países ainda são grandes e afetam a indústria de viagens dos Estados Unidos.
A demanda por vistos atingiu níveis recordes nesses países, de acordo com uma mesa-redonda de mídia organizada pelo Departamento de Estado na segunda-feira, 11. A agência compartilhou marcos, inovações e planos para o ano fiscal de 2024.
“Quando você vê um tempo de espera de 600 dias em um lugar como Bogotá, quando nossa sessão de conselheiros conseguiu, em alguns casos, o dobro de vistos do que em alguns meses, é realmente um novo sinal de demanda por viagens. isso vai além de uma espécie de ressaca para a Covid”, disse Julie Stufft, vice-secretária adjunta de serviços de vistos, segundo o portal Skift.
Os tempos de espera foram mais elevados no Brasil, México, Colômbia e Índia – todos os principais mercados de viajantes para os EUA. Em algumas embaixadas como Mumbai, os tempos de espera para vistos atingiram mais de dois anos no início deste ano.
Os tempos de espera custarão à indústria US$ 12 bilhões em gastos de viajantes perdidos este ano, de acordo com a U.S. Travel Association, e não prorrogar a isenção de entrevista só afetará ainda mais o setor.
“Os dados sublinham as consequências da não prorrogação da isenção de entrevista de visto para requerentes de baixo risco. O restabelecimento dos requisitos de entrevista levaria a uma perda de gastos de 4,6 milhões de visitantes e US$ 11,9 bilhões em 2024, aumentando para 10,3 milhões de visitantes e US$ 46,7 bilhões em 2030”, escreveu a U.S. Travel Association.
De acordo com a regra, os oficiais consulares podem dispensar candidatos da exigência de entrevista nos casos de primeiro pedido ou renovação do visto H-2, voltado para estrangeiros que vão aos EUA realizar trabalhos temporários e sazonais.
Além disso, também poderão ser isentos da entrevista solicitantes dos três tipos de visto de estudo e intercâmbio (F, M e J), além dos vistos H-1, H-3, H-4, L, O, P e Q, caso já tenham recebido um visto americano anteriormente e nunca tenham tido um pedido de entrada nos EUA negado.
A regra também prevê que qualquer renovação de visto, incluindo o de negócio e turismo (B1/B2), por exemplo, poderá ser dispensada da entrevista, se o visto anterior não tiver vencido há mais de 48 meses.
Departamento de Estado
Para reduzir o atraso, o Departamento de Estado implementou uma série de iniciativas, como a dispensa de requisitos de entrevista; entrevistar candidatos nos finais de semana; enchendo a equipe de processamento ao nível pré-pandemia.
Um número recorde de vistos foi emitido em alguns mercados importantes, como a Índia. No Brasil, os tempos de espera “caíram”, disse Stufft.
O Departamento de Estado está focado em descobrir como reduzir esses tempos em 2024.
“Este é tudo menos um ambiente acolhedor”, disse o CEO e presidente da U.S. Travel, Geoff Freeman, no Skift Global Forum em setembro. “Se você viaja a lazer ou a negócios, provavelmente dirá: irei para outro lugar.”
Fonte: Gazeta News