Buscar soluções com o apoio de toda a equipe e nunca desistir, por mais difícil que parecesse, fez toda a diferença no processo
O ano de 2020 não foi fácil em diversos aspectos. Com a crise mundial do Covid-19 várias empresas foram afetadas e com a Copastur não foi diferente. Além dos cancelamentos de voos, reservas em hotéis e a preocupação com a saúde e bem-estar de nossos colaboradores e familiares, ainda enfrentamos obstáculos até então desconhecidos em nosso trabalho, como foi, por exemplo, na indústria do ramo de óleo e gás.
Eduardo Palitot, Costumer Success Manager, há três anos na Copastur do Rio de Janeiro, lembra sobre o começo da pandemia e os desafios que enfrentaram com esse cliente.
Tínhamos um grupo de brasileiros em plataformas de Trinidad e Tobago e, normalmente, a troca aconteceria em 28 dias. Com a disseminação da Covid-19, todo o espaço aéreo de Trinidad e Tobago e Panamá foram fechados, impossibilitando a troca da tripulação. Foi aí que nosso trabalho começou.
— Eduardo Palitot, Costumer Success Manager na Copastur
Sem previsão para a reabertura e com o número de casos cada vez mais alto, toda a equipe se uniu e começou a buscar soluções. Tentativas de escalas em outros países, navegação até outro porto, tudo foi cogitado, mas sem sucesso.
Danielle Teixeira, consultora, relembra momentos de tensão no início.
Recebi várias mensagens de tripulantes com os pais internados, familiares desesperados por não saberem quando os trabalhadores retornariam às suas casas.
— Danielle Teixeira
Com a impossibilidade da troca habitual dos trabalhadores da sonda, a Copastur juntamente com o cliente começou uma verdadeira operação a fim de resolver da melhor e mais rápida maneira possível a repatriação. Em um primeiro momento, foram definidas prioridades, como tripulantes com alguma enfermidade, familiares internados ou filhos pequenos. Mas a missão naquele momento era a de trazer todos, então, começou a operação de resgate.
Além disso, não bastava apenas trazer os tripulantes, outros deveriam começar a jornada de trabalho em seus lugares. Com o cancelamento de voos também no Brasil, a solução encontrada foi a contratação de funcionários americanos e canadenses para suprir- assim que aprovada a troca pelo governo local- os tripulantes que seriam resgatados, já que não seria possível levar a tripulação brasileira.
Para a repatriação dos tripulantes, onde alguns estavam há três meses embarcados, e sem operação comercial em nosso país, a opção foi o fretamento particular com a Gol Linhas Aéreas, o que em parte facilitou as negociações por a empresa aérea já ter operado em Trinidad e Tobago. Nesse momento, Palitot lembra como foi de extrema importância a participação de Edmar Bull, presidente, nas negociações diretas com a Gol e toda a equipe responsável: Eduardo Castro-comercial, Danielle Teixeira- consultora e todos os colaboradores que direta ou indiretamente se envolveram no caso.
O trabalho da Copastur sempre é fortalecido com o apoio do cliente
Um trabalho bem realizado depende de todos os lados envolvidos. A confiança do cliente na Copastur também foi fundamental.
Eu sabia que poderia ter uma solução e que a gente iria correr atrás e encontrar uma forma de ajudá-los. Tivemos todo o suporte em todos os níveis da Copastur, todos os colaboradores, com senso de humanidade e urgência, fizeram dar certo. A todo o momento, existia uma rede de apoio.
— Eduardo Palitot
Ao todo, foram 40 dias de negociações até que aprovada a missão de resgate. Danielle lembra que tudo era novidade nesse fretamento.
Já havíamos realizado outros fretamentos, mas esse tinha que ter todos os protocolos de segurança e limpeza, tanto da empresa quanto da cia. aérea, além de organizar os tripulantes e instruí-los quanto a esses procedimentos.
— Danielle Teixeira
Um pedido humanitário
Antes de se iniciar a operação, a embaixada de Trinidad e Tobago entrou em contato pedindo ajuda para algumas pessoas que estavam na lista de espera de voos humanitários. Três europeus naturalizados brasileiros e com residência em nosso país puderam embarcar após passarem por todos os procedimentos de segurança e documentação exigidos.
Foi assim que, no dia 8 de maio, começou uma operação que durou cerca de 6 horas – tempo de pegar as bagagens na plataforma, retirar os tripulantes, realizar a troca com os norte-americanos e canadenses que ali ficariam e partir até o aeroporto. Todos embarcados, o momento foi de acompanhar a chegada dessa tripulação e garantir que todos chegassem em segurança. E assim foi.
Danielle comemora o sucesso da operação.
Foram dias difíceis até para a minha família, como estávamos trabalhando de casa, todos acompanhavam as notícias, ficavam aflitos. No dia do resgate, foi um alívio e alegria para todos, até minha mãe fez um jantar comemorativo!.
— Danielle Teixeira
Após o sucesso do trabalho, o que fica é o aprendizado.
Essa missão ficará gravada em minha vida pessoal e profissional. Foi uma experiência nova onde me senti recompensado, aliviado em poder ajudar essas pessoas a voltarem para suas famílias, não me imagino na pele de quem estava trabalhando na plataforma e perdeu um ente querido sem poder voltar para a casa, sem se despedir. Toda a carga pesada para conseguir as datas, o voo, foi aliviada no final com nosso trabalho dando certo.
— Eduardo Palitot, Customer Success Manager