As empresas do setor de óleo e gás enfrentam o desafio de aumentar o número de mulheres no offshore. O setor de óleo e gás é formado majoritariamente por homens, mas o trabalho em instalações em alto mar (embarcações e plataformas de petróleo) pode ser feito independentemente do gênero.
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Diminuir essa disparidade é um dos objetivos das empresas que se preocupam com a igualdade de gênero. Além disso, é uma ótima oportunidade para muitas mulheres que pretendem seguir essa carreira.
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Presença das mulheres no offshore
Há uma grande diferença nos números de homens e mulheres no offshore. Um estudo da FESA Executive Search revela que das 25 principais empresas de energia que atuam no Brasil, apenas 6% dos cargos de liderança são exercidos por mulheres.
De acordo com a pesquisa, pessoas do gênero feminino representam apenas:
- 21% da força de trabalho da energia eólica;
- 32% nas energias renováveis em geral;
- 22% nas indústrias de energia tradicionais, como petróleo e gás.
Em geral, o setor de trabalho em offshore possui um número maior de homens, nos cargos de liderança essa defasagem é ainda mais evidente: as mulheres são 33% da base da pirâmide e apenas 10% no nível de diretoria executiva, de acordo com o relatório “How women can help fill the oil and gas industry´s talent gap” (em português: “Como as mulheres podem ajudar a preencher a lacuna de talentos da indústria de petróleo e gás”), da consultoria Mc Kinsey.
De acordo com a mesma consultoria, investir em diversidade e em empregar mais mulheres nos níveis executivos e de conselho é um diferencial que ajuda a aumentar a rentabilidade da empresa, em média, em 21%.
Como é trabalhar embarcado em offshore?
Trabalhar no setor de offshore é bastante interessante e geralmente rende um bom salário. Entre os profissionais que podem trabalhar em uma plataforma petrolífera estão desde um engenheiro a um profissional destinado à limpeza. Como é um trabalho muito amplo, existem várias profissões e cargos.
A principal característica de trabalhar embarcado é a carga horária. Independentemente de você ser marinheiro, eletricista ou engenheiro químico, se está trabalhando em offshore provavelmente ficará alguns dias no mar (em atividade) e outros na terra (de folga).
O trabalho com offshore é geralmente com petróleo, mas a exploração envolve diversas áreas, portanto, você pode:
- trabalhar na costa fazendo reparos;
- realizar pesquisas;
- atuar em outras atividades que não tem contato nenhum com o petróleo que está sendo retirado.
Vantagens e desvantagens do trabalho em offshore
Trabalhar em offshore possui seus desafios, como a carga horária maior, a rotina embarcada e para as mulheres ainda há a questão de lidar com algumas situações de machismo. Entretanto, quanto mais mulheres entrarem nesse setor (e as empresas conscientizarem seus colaboradores sobre o assunto), menor será o sexismo nesse setor.
Uma pesquisa feita com mulheres que trabalham em uma empresa de offshore concluiu que dentre as atitudes machistas que sofrem, muitas afirmam que a mais comum é elas serem tratadas como se não pudessem pegar equipamentos pesados. Além disso, elas relatam que:
- não são ouvidas e consultadas por homens, mesmo sendo especialistas;
- suas opiniões foram contestadas por homens pelo fato de ser mulher;
- entre as mulheres que já pensaram em trocar de profissão, 48% afirmam que a desigualdade de oportunidades entre os gêneros foi o principal motivo;
- para 69% delas, homens têm mais chances de alcançar os cargos de lideranças no setor offshore.
No setor de óleo e gás, quando o ESG é discutido, o principal foco é a redução de emissões de carbono, mas essas empresas precisam promover também — e com urgência — a igualdade de gênero.
Outro ponto importante é pensar nos filhos dessas mulheres. Por ser um trabalho em que as pessoas ficam vários dias embarcadas, é essencial planejar com o parceiro ou parceira a questão de criação das crianças.
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Mas além desses desafios, o setor offshore também possui vantagens como:
- média salarial de R$ 2.700,00 até R$ 6.000,00 (para iniciantes);
- adicional de embarque (que somado aos demais benefícios, paga-se em média 100% a mais do valor);
- trabalho na plataforma durante 2 semanas e então outras 2 semanas de folga por mês;
- 1 a 2 meses de férias;
- não há despesas com alimentação nem qualquer outro custo enquanto trabalha embarcado;
- oportunidade de trabalhar no exterior.
Gostou de saber como é o trabalho embarcado? Continue lendo os artigos da Copastur para saber mais e conheça o Guia Completo Para Organização e Planejamento em Offshore!