Muitas vezes vilão, o preço da passagem aérea foi um dos grandes responsáveis pela queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a famosa inflação, que em maio foi de 0,23%, ficando 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,61%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022 a variação havia sido de 0,47%.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda do grupo Transportes (-0,57% e -0,12 p.p.) foi de fato influenciada pelo recuo nos preços das passagens aéreas (-17,73%). Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%). O etanol (0,38%), por sua vez, foi o único combustível a registrar alta em maio.
Agora em abril, a Petrobras divulgou uma redução de 5,71% no preço do querosene de aviação (QAV), em relação ao mês passado. Contudo, a medida ainda não é o suficiente para cobrir a alta de 153% nos preços dos combustíveis se comparado ao valor praticado em abril de 2020, início da pandemia. E mesmo assim, teve certa influência na queda do preço das passagens.
Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (0,91%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (2,53%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,83% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (25,00%), a partir de 23 de abril. Em ônibus intermunicipal (0,15%), houve reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (0,78%), a partir de 1º de abril.
ALIMENTAÇÃO – Já a alimentação fora do domicílio variou 0,58%, abaixo do registrado no mês anterior (0,66%). Houve desaceleração nos preços do lanche (de 0,93% em abril para 0,71% em maio) e da refeição (de 0,51% em abril para 0,47% em maio).
Fonte: Mercado&Eventos