As despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas em agosto atingiram R$ 10,73 bilhões, alta de 3,7%, chegando a um incremento de R$ 385 milhões no faturamento. Esse foi o melhor desempenho para o mês desde 2014 de acordo com o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
“De acordo com o estudo, na comparação com o melhor agosto da série histórica, em 2013, o patamar atual é 5% inferior, quando o resultado naquele momento foi de R$ 11,3 bilhões. Pode-se comemorar, em parte, por estar próximo do maior desempenho para o mês desde 2011. No entanto, é fato que o setor perdeu um potencial de crescimento na última década e poderia estar num nível muito superior e não voltando ao passado”, informou a Alagev.
A pesquisa ainda indica que o cenário é favorável, mas apresenta desafios em relação aos preços. Embora as empresas estejam ampliando os seus gastos em viagens corporativas, dado o aquecimento da economia brasileira, os preços de alguns serviços estão mais elevados, tornando a decisão dos gestores ainda mais complexa. O encarecimento do querosene de avião e a desvalorização do real, por exemplo, têm pressionado o preço das passagens aéreas neste final de ano.
HOTÉIS – Os hotéis também estão com tarifas mais elevadas do que o praticado há um ano. Essa tendência está relacionada tanto ao aumento da demanda quanto pelos reajustes que vários meios de hospedagem fizeram, pois investiram na renovação das habitações.
EVENTOS – Na área de eventos, os espaços, montagem, catering e mão-de-obra aumentaram seus valores, o que pressiona os custos das empresas e traz dificuldades para o planejamento do próximo ano. O leque de organizações em determinados lugares é limitado, o que prejudica a ação de busca por alternativas mais em conta.
Apesar disso, os eventos, feiras e viagens de negócios estão a todo vapor neste segundo semestre, nas mais diversas regiões do país. “Essa pesquisa reflete a resiliência do setor de viagens corporativas, que busca se ajustar a custos crescentes enquanto mantém seu dinamismo. O futuro pode trazer novos desafios, mas a indústria permanece firme em sua procura por impulsionar negócios, feiras e eventos”, comenta Andrea Matos, gerente de educação da Alagev.
Fonte: Mercado&Eventos