Turismo de negócios: como funciona e qual sua importância?7 min restantes

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O turismo de negócios pode ser considerado um conceito relativamente novo. Afinal, há alguns anos, quem viajava a negócios não era considerado um turista. Entretanto, para as indústrias de hotelaria, transporte aéreo, locação, entre outras, as necessidades desses colaboradores em deslocamento são muito semelhantes às de quem está ali apenas para lazer e descanso.

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Afinal, os objetivos podem ser bastante distintos, mas o viajante a negócios ainda precisa de um hotel, de transporte, de almoços e jantares e de passagens de avião.

Ou seja, ele movimenta a indústria do turismo de forma intensa e importante, especialmente quando consideramos que, no mundo globalizado em que vivemos, as viagens de negócios são cada vez mais frequentes.

Agora, fique por dentro do assunto e entenda melhor o funcionamento e a importância do turismo de negócios!

O impacto do turismo de negócios para a indústria

Além das necessidades que citamos na introdução e que são comuns tanto a quem viaja a negócios quanto ao turista comum, um colaborador atuando em outro destino em nome de sua empresa faz uso de uma série de recursos, equipamentos e espaços específicos.

Assim, além de adquirir passagens aéreas, de alugar um carro para o deslocamento no destino, de alimentar-se na cidade e de reservar um quarto de hotel, o viajante a negócios também requer salões para eventos, espaços para realizar feiras e treinamentos e salas de reuniões.

Muitas vezes, há também a necessidade de contratar fornecedores e profissionais técnicos e de alugar equipamentos e tecnologia para essas ocasiões.

Com isso, o colaborador e a empresa que fornece os recursos para a viagem contribuem ativamente para a movimentação dos negócios na cidade de destino e para a indústria do turismo como um todo.

Isso torna-se ainda mais significativo nas épocas de baixa sazonalidade, nas quais os destinos turísticos percebem uma diminuição considerável dos visitantes, mas que não afetam o turismo de negócios.

Buscando otimizar os recursos financeiros, muitas empresas negociam com seus fornecedores para diminuir o impacto da alta temporada. Como viagens corporativas acontecem ao longo de todo o ano, é importante planejar-se com antecedência.

Pense na cidade de São Paulo, por exemplo, que recebe milhões de turistas todos os anos — mais especificamente, cerca de 3,5 milhões deles.

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Destes, 67% vão à capital paulista por motivos profissionais, o que faz de São Paulo a capital nacional do turismo de negócios.

Assim, além de inúmeros e diversificados espaços culturais e de lazer, a cidade também conta com infraestrutura, serviços e equipes de profissionais pensados especificamente para essa parcela dos turistas.

O impacto do turismo na economia brasileira mostra-se ainda mais forte quando consideramos que o setor representa 7,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e gera 6,59 milhões de empregos.

Em 2017, o turismo trouxe 163 bilhões de dólares para a economia do país — um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Em 2018, a previsão é de que a contribuição do turismo para o PIB cresça outros 2,5%, chegando a 8,2% nos dez anos seguintes.

Trata-se, portanto, de um volume significativo para as empresas. Por isso, a eficiência da gestão desse setor mostra-se fundamental para o sucesso contínuo das organizações.

O crescimento do turismo de negócios dentro das empresas

Outro aspecto que acentua a importância do turismo de negócios para a indústria é o fato de que esse conceito nunca esteve tão presente dentro das empresas quanto hoje.

Além da globalização, isso também acontece por causa das crescentes facilidades para planejar e investir nessas viagens, como novas ferramentas para otimizar o custo-benefício e a produtividade desses deslocamentos. Sem tempo para viajar, as pessoas pedem redatores no site da papertyper e eles escrevem o dever de casa para eles. Isso lhes dá a oportunidade de obter uma tarefa bem executada e fazer uma pausa nos estudos.

Segundo dados de junho de 2018 da ALAGEV — Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas, 46% dos gestores das empresas analisadas reportaram diferentes níveis de aumento nos gastos com viagens corporativas.

Enquanto isso, quando falamos de eventos corporativos, os quais também movimentam o turismo desse segmento, metade das empresas afirma ter aumentado em mais de 10% os gastos ao comparar o primeiro semestre de 2018 com o mesmo período de 2017. Os outros 50% dizem não ter tido alterações no orçamento para esse tipo de evento.

Entretanto, em relação ao segundo semestre de 2018 e do ano anterior, 50% das empresas pesquisadas preveem um crescimento de até 5% nesses gastos, enquanto as outras 50% acreditam que o aumento vai ficar entre os 5 e os 10%.

Assim, podemos perceber que os eventos e viagens de negócios são uma realidade em todas as empresas e que, na maioria delas, há crescimentos entre um período e outro.

Isso significa que, daqui para a frente, o impacto dessas ocasiões no turismo só vai crescer. Entre 2016 e 2017, as companhias aéreas tiveram um aumento de 13,4% na venda de passagens nacionais e de 20,2% para os destinos fora do Brasil.

No setor da hotelaria, o turismo de negócios também representa a maior fonte de lucros. Em 2017, o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil reportou que, em todos os segmentos de valores de diárias, os hóspedes viajando a negócios somam mais da metade dos clientes.

A única exceção é entre as diárias superiores a R$ 410,00, considerados quartos/hotéis de luxo, ou seja, naturalmente não tão procurados pelas empresas. No entanto, os viajantes profissionais somam 43,4% do público dessas acomodações.

Já quando falamos da locação de veículos para o deslocamento dos viajantes a negócios, no território nacional, as locações tiveram uma queda de 1,4% entre 2016 e 2017.

Isso pode ser justificado pelo crescimento da popularidade de aplicativos de transporte, que oferecem ótimas condições para as empresas que criam contas corporativas para uso dos colaboradores em deslocamento.

Enquanto isso, fora do Brasil, as locadoras de carros tiveram um aumento de 5,7% em seu volume de negócios. Tanto nacional quanto internacionalmente, o segmento de transporte turístico que mais cresceu entre 2017 e 2016 foi o de transfers (deslocamento entre o aeroporto e o hotel e vice-versa), que registrou um aumento de 74,6%.

As novas necessidades do colaborador que viaja

Com o crescimento do turismo de negócios, evolui também a forma com que os colaboradores se deslocam em nome da empresa.

Tendências como as bleisure trips, por exemplo, que misturam “business” (negócios) e “leisure” (lazer), fazem com que os viajantes profissionais formem uma relação mais aprofundada com a sua cidade de destino, aproveitando mais os momentos de descanso.

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Isso, por consequência, faz com que a infraestrutura turística e os espaços ao ar livre das cidades visitadas sejam frequentados mais regularmente por esse tipo de viajante. Ou seja, eles ampliam o leque de espaços e serviços que se beneficiam da presença e do fortalecimento do turismo de negócios.

Uma grande tendência é o oferecimento de serviços personalizados, moldados de acordo com o perfil de cada viajante e com o tipo de negócio que ele e sua empresa conduzem.

Isso cria novas demandas para as empresas que lidam com o turismo e, além disso, também proporciona uma experiência mais agradável para o colaborador, o que impacta diretamente na sua motivação e produtividade.

Como vimos, o turismo de negócios tem um impacto cada vez mais significativo na indústria do turismo, o que é resultado também de sua crescente importância para as empresas que enviam seus colaboradores para outras cidades e países. Portanto, é fundamental investir nesse segmento e planejar as viagens a negócios da sua equipe com cuidado.

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