Evento de lançamento do projeto BioConexão: confira os destaques da noite14 min restantes

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Na última quinta-feira (28), a Copastur e a Coomaru (Cooperativa Mista Agroextrativista da Resex do Rio Unini) lançaram oficialmente a BioConexão, em um evento no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. A noite foi um verdadeiro sucesso, que marcou o início de um projeto que conecta pessoas e empresas com a Amazônia por meio de expedições exclusivas, promovendo parcerias de impacto com comunidades locais, práticas de turismo sustentável e a valorização da biodiversidade e dos povos da região amazônica.

Com a presença de lideranças do Rio Unini – Amazonas, representantes de grandes empresas, clientes, jornalistas e influenciadores, o evento transportou os convidados para o coração da floresta, revelando a força da sustentabilidade e do empreendedorismo para a economia local. Além das histórias inspiradoras dos guardiões da floresta que lutam diariamente para preservar o pulmão do planeta, que foram contadas por eles mesmos, o minidocumentário da BioConexão foi exibido em primeira mão, dando uma prévia do que os participantes das expedições vão poder vivenciar.  

Além disso, as lideranças da Copastur e da Coomaru contaram mais sobre o projeto focado no turismo sustentável, e o painel “Construindo o Futuro do Planeta: empresas, bioeconomia e inovação sustentável na Amazônia” trouxe reflexões enriquecedoras a partir de um debate com convidados especiais. Se você não esteve presente ou quer relembrar os principais destaques da noite, reunimos neste post os highlights do evento e tudo sobre a BioConexão. Saiba mais!

Turismo sustentável: destaques do lançamento da BioConexão

Highlights do lançamento da BioConexão, nosso projeto de turismo sustentável

Abertura do evento

adrielly honorio

A partir das 18h, os convidados se ambientaram e já puderam fazer networking, enquanto aproveitavam o buffet preparado pelos chefs do Tivoli, Cláudio Cunha e Michel Fernandes, ao som de músicas regionais. Às 20h, a mestre de cerimônias Adrielly Honório deu início ao evento na suíte presidencial do hotel. Alagoana e afro-indígena, com origens indígenas por parte da família materna, a analista de diversidade e inclusão na Copastur conduziu o lançamento com maestria. “A BioConexão busca promover o turismo sustentável por meio de expedições exclusivas para a Amazônia. No início de 2025, começaremos as nossas expedições, e pretendemos fazer dez até a COP 30. Os participantes e empresas que querem investir na região irão vivenciar essa experiência, explicou.

Depois, convidou Edmar Mendoza, CEO da Copastur, e Elaine Dantas, CHRO da Copastur, para compartilharem a visão e o compromisso da nossa empresa com essa causa tão importante para o futuro do planeta e com o turismo sustentável, que resultaram na BioConexão. “Somos uma das poucas empresas B no turismo, ou seja, com o principal foco no impacto, sem deixar de ter resultado. Esse projeto conecta isso com a nossa forma de ser. Queremos ao máximo trazer mais e mais parceiros para essas expedições. Quero agradecer muito à Cleicí e ao Luiz Café, que iniciaram a sementinha para que lançássemos hoje esse projeto”, afirmou Edmar.

elaine dantas e edmar mendoza

Elaine falou mais das nossas certificações, como a ISO 14001, já que somos a primeira agência de turismo a recebê-la, e o apoio ao Pacto Global. Também ressaltou algumas das ações de ESG da Copastur, como a compensação das emissões de carbono com a SOS Mata Atlântica, e os relatórios Green Travel para incentivarmos os clientes a compensarem. Também contou sobre a sua experiência em Belém, em agosto deste ano: “Representei a Copastur em Belém do Pará, em um painel no BioEconomy Amazon Summit, que faz parte de uma agenda pré-COP 30, promovida pelo Pacto Global da ONU e pela KPL. Falamos sobre propósitos, sustentabilidade e contribuição com a Amazônia”.

História dos guardiões da floresta

Turismo sustentável: destaques do lançamento da BioConexão

Tivemos a oportunidade de mergulhar na emocionante história dos verdadeiros guardiões da floresta, que vivem e protegem a Amazônia com muita resiliência, e o privilégio de ouvir essa trajetória contada por quem conhece essa realidade de perto. Cleicí Patauá, advogada e líder de negócios éticos da Coomaru, trouxe o seu relato sobre a jornada da Reserva Extrativista do Rio Unini, que viveu e testemunhou durante toda a sua vida. “Não tem mais volta. Ondas de calor mortais, enchentes extremas, perda de quase 70% da biodiversidade. No coração dessa crise está a Amazônia. Mas também está a minha família, meu povo. Nós estocamos de 90 a 140 bilhões de toneladas de carbono. Já estamos com 17% da floresta desmatada”, iniciou. 

Cleicí contou como surgiu a Reserva Extrativista do Rio Unini e a Coomaru, trazendo a importância de proteger as vozes e a renda dos guardiões da floresta, que constantemente sofrem ataques, e já foram expulsos da própria terra para a construção de um parque nacional – dando início ao movimento pela criação da Resex Rio Unini, para que as famílias continuassem no seu lugar de origem. E mostrou que também temos motivos para cultivarmos esperança, com um dado recente de que o desmatamento caiu 31% na Amazônia apesar das queimadas, provando que é possível reduzir os impactos do aquecimento global.

“A BioConexão é um movimento que precisa e vai se fortalecer para gerar o impacto necessário, para que as famílias que preservam continuem no seu lugar de origem preservando. Não estamos falando de exploração do meio ambiente e da biodiversidade, mas de aprender com os povos da floresta e com a floresta. Hoje, três lideranças entre as dez comunidades da Resex Unini estão aqui presentes, e preservam quase um milhão de hectares de floresta. Será que a Amazônia precisa de nós? Eu acho que é o contrário, o ser humano precisa da Amazônia”, refletiu.

Resex Unini

joao evangelista

Após a sua fala, Cleicí chamou João Evangelista, presidente da Coomaru e seu pai, para explicar o que o levou a começar o movimento pela criação das comunidades locais, dedicando toda a sua vida a essa luta. “Toda história se dizia que não tinha mais escravo, não tinha mais corrente, mas isso não era bem verdade. O povo do setor primário, que trabalhava com os patrões, era escravo sim, e eu era um deles. Naquele cenário, meu filho adoeceu e morreu, e eu quase perdendo mais uma filha e com a expectativa de vida muito cruel para nós, para aquele povo que estava ali dentro, disse: ‘tenho que fazer alguma coisa’”, respondeu João. 

João relatou com mais detalhes o surgimento da Resex Unini, sua batalha e dos companheiros de luta na comunidade. Também deu o exemplo de um alojamento da fábrica que acabou coincidindo com uma castanheira centenária, e que optaram por mudar o local e manter a árvore, é claro, pois ela já estava lá. “Se o ser humano é conscientizado, é capaz de proteger, organizar e cuidar. E como é que isso começa? Começa na escola. Qual é o lema da natureza? É a floresta em pé, e seus seres vivos permanecem vivos por descendências e mais descendências, e é isso que a gente faz lá. Temos que amar a floresta, que é quem dá a sustentabilidade para nós”, finalizou.

Cleicí encerrou o momento relembrando que a BioConexão é um movimento para dar voz à floresta e aos seus povos, em parceria com as próprias comunidades locais da Amazônia, e que é a primeira vez que uma cooperativa de base comunitária se une com uma empresa para criar um negócio de turismo sustentável em sociedade, com divisão igualitária de lucros e planilha aberta de custos entre as instituições.

“Antes, nunca sabíamos qual era o valor exato de um projeto que chegava lá. Por que as pessoas de base comunitária têm que ser voluntárias? Eu não falo por todos, mas falo por muitos. Nós não temos plano B, temos um planeta só, uma Amazônia só. Alguns guardiões ainda resistem. E o que a gente está fazendo? Será que a responsabilidade só é de quem mora dentro da floresta preservar a floresta, o pulmão e o jardim do mundo? Quem está na floresta está bem preservado, vivendo em harmonia com a natureza, quem será que precisa? E você? Como você pode fazer parte desse movimento?”, questionou. 

Painel “Construindo o Futuro do Planeta”

Turismo sustentável: destaques do lançamento da BioConexão

A head de agências para América Latina no LinkedIn, Lais Orrico, mediou o painel “Construindo o Futuro do Planeta: empresas, bioeconomia e inovação sustentável na Amazônia”, com participantes incríveis: Edmar Mendoza, CEO da Copastur, Marco Amaral, vice-presidente operations & development no Minor Hotel Group, Phellipe Daou Neto, diretor de novos negócios na Rede Amazônica, e Thais Chalub, CEO na Amazônia Connect.  

Lais iniciou o papo destacando como estava impactada com o nosso projeto de turismo sustentável e emocionada por estar lá, e fez a seguinte pergunta para os painelistas: “O que significa para vocês construir o futuro do planeta nesse contexto da Amazônia?”. Confira abaixo um trecho das respostas, com falas importantes trazidas por cada um: 

  • Thais Chalub: “Eu queria convidar todo mundo aqui a investir na Amazônia. E o investimento da Amazônia passa por pessoas. […] Considerando que a Amazônia é responsável pela nossa sobrevivência na Terra, o mercado vai começar a entender que precisa olhar para a Amazônia. E não se preserva a Amazônia sem olhar para as pessoas. Porque a floresta e os seus povos compartilham o mesmo destino, proteger um e desenvolver o outro”;
  • Phellipe Daou Neto: “A gente acredita muito que a Amazônia só pode ser salva por pessoas que vivem na região. Com a ajuda de outras pessoas, mas quem vive na Amazônia conhece a região melhor do que ninguém. […] Todo mundo tem uma solução diferente para salvar a nossa região. Mas, às vezes, a solução está dentro de casa já. A gente precisa dar voz para essa pessoa, para essa comunidade, para que assim a gente entre lá e faça uma política de negócios, que é muito o que visa esse projeto de BioConexão”;
  • Marco Amaral: “Pelo turismo, se consegue apoiar gradualmente, acho que podemos contribuir, não construir, do mesmo jeito que todos nós, de alguma forma, contribuímos para a destruição do planeta, e agora estamos a reverter. […] Essas pessoas que podem contribuir para pagar o valor dessa experiência, e, indiretamente, contribuir para o negócio. […] Tem que fazer o que você faz hoje e já pensar na frente. E não é amanhã, tem que pensar no depois de amanhã”
  • Edmar Mendoza: “Nosso papel aqui com a BioConexão é facilitar. Facilitar, de um lado, de quem quer visitar e ter uma experiência com segurança. E muito além do que dividir o lucro de tudo o que acontece, é ter as pessoas locais realmente trabalhando e recebendo por isso de forma justa. Então, fazer o contrário do extrativismo. […] Acreditamos que as lideranças de empresas que estão aqui só vão efetivamente entender e conseguir contribuir se eles tiverem essa vivência local. […] Quando falamos de como contribuir com o futuro, acho que esse é o nosso início. Estamos aqui fazendo isso”

Lais Orrico finalizou o painel reiterando que o escritório do LinkedIn estará aberto em 2025 para outros papos assim, depois das expedições da BioConexão: “A ideia é a gente aproveitar essa ideia de fazer negócios e crescer o networking e juntar as pessoas que foram nas expedições”. Ela também convidou todas as pessoas presentes a escreverem um post na plataforma com o que aprenderam no evento, com a hashtag #BioConexao.

Minidocumentário de turismo sustentável – BioConexão 

Aperto de mão simbólico

Turismo sustentável: destaques do lançamento da BioConexão

Depois do painel, a mestre de cerimônias Adrielly Honório chamou Cleicí Patauá, João Evangelista e Edmar Mendoza para um momento marcante para o nosso projeto de turismo sustentável. Edmar e João, em um gesto simbólico, firmaram a parceria entre a Copastur e a Coomaru na BioConexão com um aperto de mão.

Assista ao minidoc da BioConexão: da Amazônia para o mundo

Por fim, Cleicí e Edmar anunciaram uma surpresa para o público: a exibição em primeira mão do minidocumentário de turismo sustentável da BioConexão, gravado na Amazônia. “Inspirador, não é mesmo? No início de 2025, vocês também poderão vivenciar isso”, avisou o CEO da Copastur.

Assista também ao nosso minidoc e faça parte dessa jornada:

Depois do nosso minidoc de turismo sustentável, mais uma surpresa foi anunciada por Cleicí. Um vídeo especial de Anny Meisler, founder e CMO no LZ Studio e parceira do projeto BioConexão, que já está com a presença confirmada em uma das expedições, foi exibido na tela.

Lideranças da Amazônia reunidas

Por fim, o público aplaudiu as lideranças da Amazônia presentes no evento, que, de acordo com Cleicí, viajaram 16 horas de barco, e depois de carro e de avião, para estarem lá. E, então, os representantes da Resex Unini, da Coomaru – João Evangelista, Cleicí Patauá, Gracinete Tikuna, Rita Guedes, Daniel de Souza e Gledson de Souza – e da Copastur registraram o momento em uma foto para a eternidade!

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Kits com produtos da Coomaru

Todos os convidados do evento de lançamento do projeto de turismo sustentável da Copastur e da Coomaru, BioConexão, levaram para casa um kit incrível com produtos da Coomaru produzidos na Amazônia, com óleo de copaíba, óleo de andiroba e castanha-do-brasil.

kit da coomaru para convidados

Fechamos a noite com chave de ouro com um happy hour para continuar a conversa sobre turismo sustentável e celebrar essa parceria em grande estilo.

Agradecemos aos apoiadores do projeto BioConexão – Tivoli Hotels & Resorts, Rede Amazônica, LinkedIn e Banzeiro Gastronomia Amazônica – pelo início da nossa parceria de sucesso!

Turismo sustentável: destaques do lançamento da BioConexão

Veja no Globoplay a reportagem sobre o evento

A Rede Amazônica cobriu o evento de lançamento da BioConexão. Assista à matéria no Globoplay aqui!

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